Nomenclatura dos Tumores

O tumor benigno pode apresentar mais de uma linhagem celular e, neste caso, recebe via de regra, o nome dos tecidos que o compõe, acrescido do sufixo - oma.
Exemplos:
• tumor benigno do tecido cartilaginoso - condroma;
• tumor benigno do tecido gorduroso - lipoma;
• tumor benigno do tecido glandular - adenoma.
Quanto aos tumores malignos, é necessário considerar a origem embrionária dos tecidos do qual deriva o tumor, para aplicar as regras de nomenclatura.
Os tumores malignos originados dos epitélios de revestimento externo e interno são denominados carcinomas. Quando o epitélio de origem for glandular, passam a ser chamados adenocarcinomas.
Exemplos:
• carcinoma basocelular da face;
• adenocarcinoma de ovário.
O nome dos tumores malignos originários dos tecidos conjuntivos (mesenquimais) é formado pelo nome do tecido mais a determinação sarcoma.
Exemplos:
• tumor maligno do tecido cartilaginoso - condrossarcoma;
• tumor maligno do tecido gorduroso - lipossarcoma;
• tumor maligno do tecido muscular liso - leiomiossarcoma;
• tumor maligno do tecido muscular estriado - rabdomiossarcoma.
A dificuldade de enquadrar todos os tumores nessa classificação simplificada, assim como a consagração pelo uso de alguns termos diferentes daqueles que seriam esperados segundo as regras, acabaram por determinar as exceções da nomenclatura.
• Origem embrionária dos tumores
Por este critério, são classificados os tumores originados de células blásticas, que ocorrem mais frequentemente na infância. São os chamados blastomas, como, por exemplo, hepatoblastoma, nefroblastoma, neuroblastoma, retinoblastoma e osteoblastoma.
São classificados também sob este critério os tumores originados de células primitivas totipotentes que antecedem o embrião tridérmico. Eles são agrupados em quatro principais tipos: teratomas, seminomas, coriocarcinomas e carcinoma de células embrionárias.
Os teratomas podem ser tumores benignos ou malignos, dependendo do seu grau de diferenciação. Quando benignos, mostram 100% de células diferenciadas, principalmente de pele e anexos (cistosdermóides).
• Uso de epônimos
Há tumores cuja nomenclatura utiliza o nome dos cientistas que os descreveram pela primeira vez, ou porque sua origem demorou a ser esclarecida ou porque os nomes ficaram consagrados pelo uso. São exemplos: o linfoma de Burkitt, o sarcoma de Ewing, o sarcoma de Kaposi, o tumor de Wilms (nefroblastoma), o tumor de Krukemberg (adenocarcinoma mucinoso metastático para ovário) etc.
• Morfologia tumoral
Os carcinomas e adenocarcinomas recebem nomes complementares que melhor classificam sua morfologia macro ou microscópica. Assim, podem ser utilizados termos como epidermóide, papilífero, seroso, mucinoso, cístico, medular, lobular etc.
Diante da variedade de classificações usadas de modo não sistematizado, em todo o mundo, é evidente que se tornou difícil fazer estudos comparativos entre diferentes regiões do globo.
Na tentativa de minimizar essas dificuldades e permitir um melhor entendimento entre os especialistas, fazendo, conseqüentemente, com que seus dados possam ser comparados, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem tentando uniformizar a nomenclatura mundial.
Tendo lançado, em vários idiomas, edições do CID-O (Código Internacional de Doenças - Oncologia), nas quais se permite utilizar toda a sinonímia de topografia e nomenclatura dentro de códigos numéricos.
Essa nomenclatura vem sendo usada por grande número de especialistas em todo o mundo e é adotada pelo Registro Nacional de Patologia Tumoral do Ministério da Saúde (RNPT/Pro-Onco/MS), que cadastra um numeroso grupo de laboratórios de Anatomia Patológica do Brasil.

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