Em nossos dias atuais as avançadas tecnologias tomaram conta do nosso dia a dia, tornando assim a cartografia digital em um instrumento valioso para os estudos geográficos e ambientais, possibilitando uma gama maior de fonte de obtenções de dados cartográficos, seja por imageamento de satélite através das técnicas de sensoriamento remoto, seja por GNSS, fotogrametria, e através dos sistemas informações geográficas.
Os primeiros sensores remotos utilizados para o mapeamento foram às câmeras fotográficas, hoje os sensores já são colocados em qualquer veiculo, ou smartphones, a bordo de aviões para serem feitas imagens aéreas, o primeiro satélite sensorial foi construído pelos norte americanos, e lançado em 1972 ao espaço com o nome de Landsat.
Tecnologias Cartográficas
GNSS
A Global Navigation Satellite System (GNSS), consiste, como o próprio nome aborda, numa técnica de posicionamento e navegação por satélite. O mais difundido e conhecido é o GPS, chamado de Sistema de Posicionamento Global, sendo um sistema de navegação baseado em satélite, é composto por uma rede de satélites que ao todo são 24 que estão em órbita, sendo administrado por norte americanos. Esse sistema foi originalmente projetado para uso militar, a partir dos anos 80 o sistema foi liberado para a sociedade em geral. Importante destacar que é possível valer-se dos dados obtidos através dos satélites GPS em qualquer condição climática, ainda que para levantamento de precisão algumas condições temporais possam afetar no resultado.
Vale ainda destacar que além das constelação de satélites do sistema GPS, atualmente existem outras diversas, de variados sistemas com a mesma função, posicionamento em tempo real e com cobertura global. Atualmente, alheio ao GPS, contamos com o GLONASS (sistema russo), GALILEO (sistema europeu), BeiDou (sistema Chinês) e o QZSS (sistema japonês), além das SBAS, chamados de redes de aumento, que são grupos de satélites geoestacionários localizados sobre alguns continentes. Dentre elas, podemos citar a WASS (americano) e a EGNOS (europeia).
Fotogrametria
Técnica cartográfica na qual se obtém informações precisa de posicionamento, feições, altitudes e é possível gerar modelos em 3D da superfície levantada. Como já abordado no texto, e o próprio nome traz, a fotogrametria é feita através de imagens, essas podendo ser obtidas por câmera embarcada em avião, vante/ drone, nos primórdios feita com balões, e podendo ser também feita, em alguns casos, terrestres. Consiste em extrair de um par ou conjunto de fotos, todas as informações desejadas, sendo necessário para tal que as fotos possuam zonas de intersecção.
Sistema de informações geográficas (SIG)
É um sistema de hardware, software, informação espacial, procedimentos computacionais e recursos humanos que permite e facilita a análise, gestão ou representação do espaço e dos fenômenos que nele ocorrem.
Fitz (2008) conceitua SIG como um sistema constituído por um conjunto de programas computacionais, o qual integra dados, equipamentos e pessoas com objetivo de coletar, armazenar, recuperar, manipular, visualizar e analisar dados espacialmente referenciados a um sistema de coordenadas conhecido. Tal leva a que gestores de projeto ou administradores de organizações possam geodecidir.
Ainda que seja mais voltado a cunho governamental, para a base cartográfica e acompanhamento das mudanças dentro do espaço que ela abrange, como controle de cadastro imobiliário, e mapeamento do avanço da mancha urbana, podemos dizer que o usuário comum também tem acesso a alguns sistemas dessa natureza. Muitos dos SIG’s dos municípios possuem a consulta ao contribuinte. Também o software Google Earth é uma espécie de SIG para o usuário em geral, pois lá alem da informação posicional, o indivíduo encontra outras informações cruzadas sobre a região ao alcance de um clique. As plataformas de mapas interativos online, como o Maps da Google também apresentam traços de um sistema de SIG e são utilizadas diariamente pela populção.
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