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Sistema Renal: entenda como funciona

PINHEIRO, Mariana Martins Gomes

O sistema renal tem como função filtrar o sangue que chega bombeado pelo coração, regulando o volume intravascular. A estrutura renal é constituída de dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra.

O sangue chega ao rim pela artéria renal e no interior de cada rim, essa artéria se ramifica em numerosas arteríolas aferentes presentes na região do córtex. Cada uma destas arteríolas se ramifica em pequenos capilares denominados, glomérulos.

A relação dos glomérulos

Os glomérulos presentes aos milhares em cada rim são constituídos por pequenos enovelados de capilares. O sangue flui no interior dos capilares onde é filtrado através da parede destes. A capacidade de cada glomérulo em filtrar o sangue por volume compreende 125 ml por minuto. Este filtrado se acumula no interior da cápsula de Bownmann – formado por uma membrana interna que envolve intimamente os capilares glomerulares e uma externa que separa a interna, na cavidade formada o filtrado glomerular é acumulado.

O filtrado glomerular passa pela parede dos capilares, a qual retém muitas proteínas, por meio de um sistema coletor formado pelos segmentos do túbulo contornado proximal, alça de Henle, túbulo contornado distal e ducto coletor. Ao passar por este sistema diversas substâncias são reabsorvidas através da parede tubular, e ao mesmo tempo, outras são excretadas para o interior deles.

A absorção da glicose

Pelo túbulo contornado proximal há reabsorção intensa de glicose por transporte ativo através da parede tubular e retornando ao sangue que circula no interior dos capilares peritubulares, externamente aos túbulos. Além da glicose, neste segmento há reabsorção de aminoácidos e de proteínas e de 70% de eletrólitos, como sódio e cloreto, fazendo com que um volume significativo de água seja também reabsorvido. A seguir, o filtrado alcança a alça de Henle, dividida no ramo descendente e ascendente.

O ramo descendente da alça é permeável a água e ao cloreto de sódio diferente do ramo ascendente, que é impermeável à água. Dessa forma, o filtrado ao fluir por essa alça tem os íons de sódio bombeados para o exterior da alça, carregando o cloreto resultando em um acúmulo de cloreto de sódio no interstício medular renal.

Esse aumento de osmolaridade faz com que um volume de água flua do interior para o exterior do ramo descendente da alça de Henle. No ramo ascendente da alça de Henle flui, por transporte ativo, o cloreto de sódio do interior para o exterior da alça.

O que acontece no túbulo contornado distal

No segmento do túbulo contornado distal ocorre bombeamento do sódio do interior para o exterior do túbulo por meio de uma bomba de sódio e potássio, o contrário ocorre com o potássio. O transporte de íons sódio do interior para o exterior do túbulo atrai cloreto e, por sua vez, atrai água.

No túbulo contornado distal observamos um fluxo de sal e água do lúmen tubular para o interstício circunvizinho. A quantidade de cloreto de sódio e água reabsorvidos no túbulo distal depende do nível plasmático do hormônio aldosterona, secretado pelas glândulas supra-renais.

Quanto maior for o nível de aldosterona, maior será a reabsorção de cloreto de sódio e água e maior também será a excreção de potássio. Além da aldosterona, o hormônio antidiurético (ADH), secretado pela neuro-hipófise, torna a membrana do túbulo distal mais permeável à água, possibilitando a sua reabsorção.

No ducto coletor, ocorre reabsorção de cloreto de sódio e água, como no segmento anterior, de da mesma forma a reabsorção destes é controlada pelo nível de aldosterona e ADH.

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