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Cuidados na manutenção da sonda vesical de demora

Sondagem vesical de demora é um procedimento estéril que consiste na introdução de uma sonda até a bexiga, através da uretra, com a finalidade de facilitar a drenagem da urina ou instilar medicação ou líquido, com tempo de permanência longo (pode variar de dias a meses), determinado pelo médico.

Materiais necessários:

  • 1 pacote de sondagem vesical;
  • 1 par de luvas estéreis;
  • 1 par de luvas de procedimento;
  • 1 sonda vesical duas ou três vias de calibre adequado;
  • Xilocaína geleia 2%;
  • 2 pacotes de gaze;
  • 1 seringa de 20 ml (deve ter ponta luer slip – simples – que encaixe no dispositivo de preenchimento do balonete da sonda);
  • 15-20 ml de água destilada (02 flaconetes de água destilada estéril);
  • 01 agulha de aspiração (40×12);
  • 01 bolsa coletora de urina (sistema fechado);
  • Solução de  de Clorexidina aquosa 2%).

Etapas do procedimento:

  1. Lavar as mãos;
  2. Reunir o material e levar até a paciente;
  3. Promover ambiente iluminado e privativo;
  4. Explicar o procedimento à paciente;
  5. Calçar luvas de procedimento;
  6. Verificar as condições de higiene do períneo, se necessário, proceder à higienização com água e sabão;
  7. Posicionar a paciente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas e afastadas. Visualizar o meato uretral;
  8. Retirar as luvas de procedimento;
  9. Organizar o material sobre uma mesa ou local disponível;
  10. Abrir o pacote de sondagem, acrescentando: quantidade suficiente de antisséptico na cuba rim, pacotes de gaze sobre o campo estéril, uma porção de xilocaína gel (após descartar o primeiro jato) sobre o campo e/ou sobre a extremidade da sonda após testar o balonete1 e a bolsa coletora;
  11. Calçar as luvas estéreis;
  12. Conectar a sonda à bolsa coletora;
  13. Dobrar gaze e colocar na cuba com o antisséptico;
  14. Proceder à antissepsia do períneo com as gazes que foram embebidas no antisséptico no sentido anteroposterior e lateral-medial;
  15. Colocar o campo fenestrado de maneira a permitir a visualização do meato uretral;
  16. Com a mão não dominante e auxílio de gaze estéril, afastar os grandes lábios e expor o meato uretral; em seguida, com a mão dominante introduzir a sonda com xilocaína 2% na sua extremidade no meato uretral da paciente até retornar urina no intermediário da bolsa coletora, sendo seguro introduzir mais uma porção a fim de evitar inflar o balonete no canal uretral, pois o mesmo deve ser inflado no interior da bexiga urinária;
  17. Inflar o balonete com 15-20 ml de água destilada e tracionar a sonda para verificar se estáfixa na bexiga;
  18. Retirar o campo fenestrado;
  19. Remover o antisséptico da pele da paciente com auxílio de uma compressa úmida, secando em seguida;
  20. Fixar com micropore o corpo da sonda na parte interna da coxa da paciente, tendo o cuidado de não deixá-la tracionada;
  21. Pendurar a bolsa coletora em suporte localizado abaixo do leito (e não nas grades);
  22. Recolher o material, providenciando o descarte e armazenamento adequado;
  23. Lavar as mãos novamente, retornar e identificar a bolsa coletora com nome da paciente, data, turno e nome do enfermeiro responsável pelo procedimento;
  24. Registrar o procedimento no prontuário e/ou folha de observação complementar da paciente, atentando para as características e volume urinário.

O teste do balonete pode ser feito em um destes momentos:

  • dentro do campo estéril: colocando a seringa e a sonda no campo estéril, a água destiladana cuba rim. Aspira-se a água destilada e testa-se se o balonete está íntegro;
  • antes de dispor o material no campo: aspira-se a água destilada e testa-se o balonete segurando a sonda dentro do pacote, expondo apenas o local de preenchimento do balonete.

Cuidados relacionados à manutenção da sonda vesical de demora são:

  • Ter atenção quanto ao intervalo de troca e encaminhar o paciente para realizar a troca da sonda por profissional capacitado (enfermeiro ou médico);
  • Visualizar sempre o aspecto de urina que está saindo na bolsa coletora e atentar para urina com presença de sangue, pus, grumos (como coágulos), etc. Sempre que houver uma diferença da urina convencional para outro tipo de urina é importante que o médico seja comunicado, pois em alguns casos poderá se tratar de uma infecção de trato urinário que requer atenção especial;
  • Observar a quantidade de urina que está sendo drenada diariamente e sinais de que possam indicar a obstrução da sonda, como por exemplo, mal-estar geral no idoso, quantidade reduzida de urina na bolsa coletora e bexiga dura à palpação. Nesses casos, o cuidador deve ir a um profissional capacitado para avaliação e posterior conduta;
  • Não abrir o sistema entre a sonda e a bolsa coletora. O sistema de sondagem vesical de demora é fechado e estéril, devendo assim ser mantido;
  • Esvaziar a bolsa coletora de maneira asséptica para evitar risco de infecção.

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