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Fundamentos do voleibol

O esporte que hoje queremos falar é o voleibol ou vôlei, como também é chamado. Ele é um esporte realizado entre duas equipes em uma quadra retangular que pode ser aberta ou fechada. Ela é dividida por uma rede, colocada horizontalmente sobre a linha central, que demarca a divisão dos ambientes onde as equipes estão. 

Esse esporte   foi criado no dia 9 de fevereiro do ano de 1895 por William George Morgan nos Estados Unidos. O objetivo do criador era desenvolver um esporte entre equipes onde não houvesse contato físico entre com o objetivo de minimizar  qualquer possibilidade de lesões. 

Sobre o volei

O voleibol é jogado com uma bola e inclui diversos passes com as mãos. O objetivo principal é lançar a bola por cima da rede e fazê-la tocar no chão do adversário.

Compreende-se como partes fundamentais que compõem o esporte as seguintes partes técnicas: o saque, a recepção, o levantamento, o ataque, o bloqueio e a defesa, com elas é possível desenvolver todo o jogo. 

Além dos fundamentos, nós temos os chamados elementos, que são recursos técnicos utilizados para a execução dos fundamentos. Nesta categoria temos as posturas básicas ou posições de expectativa, deslocamentos, toque e manchete, além de outros menos utilizados.

Os fundamentos e elementos que citamos acima, caracterizam o voleibol. Quanto melhor for a técnica de execução de ambos, maior será o nível de proficiência na modalidade do praticante do esporte.

Fundamentos do esporte:

Saque

Uma das principais características do saque é o fato de ser a única ação do jogo que depende somente do executor. O saque é a primeira ação do rally. Portanto, o executor pode planejar com antecedência todo o movimento, diferentemente das demais situações de jogo. Desta forma, O saque é a única habilidade motora fechada do voleibol, de acordo com Zacaron e Krebs (2006).

Na visão de Ribeiro (2004), quando o voleibol foi criado, o objetivo do saque era eminentemente colocar a bola em jogo. Com a evolução do desporto, passou a ser uma forma de dificultar as ações do adversário e, até mesmo, um meio de conseguir o ponto em disputa diretamente.

Tipos de Saques

Um bom saque se caracteriza pela sua precisão, potência, irregularidade da trajetória da bola, emprego estratégico e nível de dificuldade imposto ao adversário. É interessante que o atleta de voleibol domine mais de um tipo de saque que, para Machado, (2006), são:

Saque por baixo 

Rocha, (2004) compreende que é um tipo de saque que atualmente só é utilizado por crianças no início da aprendizagem, praticantes com pouca habilidade ou que não tem condições físicas de realizar um saque mais potente. Possui um índice de precisão satisfatório, sendo essa sua principal virtude. Deve ser incentivado o seu uso em treinamento de iniciantes, pois a sua baixa potência permite a continuidade do jogo por mais vezes.

Saque por cima (tipo tênis)

Rocha (2005) ainda comenta que, em virtude da velocidade do braço e do ângulo de contato com a bola, o saque por cima é bem mais potente do que o por baixo. Exige um maior controle motor do executante. É o tipo de saque mais utilizado por praticantes de nível intermediário, além de ser utilizado no alto nível. É um saque mais agressivo do que o por baixo, porém mais conservador do que os tipos que veremos adiante.

Saque flutuante com salto

Já para Bizzochi (2004), este tipo de salto é uma evolução do saque por cima. O aluno deve manter os procedimentos técnicos do saque anterior e acrescentar um salto antes de sua execução, devendo buscar o contato com a bola no ponto de máximo alcance possível. O golpe na bola deve ser com a palma da mão rígida, buscando imprimir uma trajetória irregular e sem giros no seu percurso.

Saque viagem ao fundo do mar

É o saque mais forte que se conhece. Consequentemente é o mais utilizado no alto nível atualmente. Para a sua execução o atleta deve lançar a bola para o alto e fazer um gesto semelhante ao da cortada, golpeando a bola no ponto mais alto e imprimindo uma rotação da bola de cima para baixo, através de uma violenta flexão do punho, na visão de Ribeiro (2004).

Machado (2006) defende que os jogadores iniciantes devem se preocupar prioritariamente em acertar a técnica para a execução do saque. Na medida em que o nível técnico vai aumentando e o aluno tem um maior controle sobre o saque, deve ser incentivado que o aluno busque alvos específicos, direcionando o saque para estes.

Recepção

Como visto anteriormente, Ribeiro (2004) aponta que  a construção de uma jogada é realizada, normalmente, através dos três toques que a equipe tem direito. Quando a bola é originária de um saque do adversário, a ação de jogo é denominada recepção.

Portanto, a recepção atua diretamente contra o saque do adversário. É um fundamento que tem importância essencial na finalização da jogada ofensiva da equipe. Quanto mais precisa for, maior possibilidade de êxito terá levantamento e, consequentemente, o ataque.

Já Machado (2006), considera que é realizada normalmente através do toque ou da manchete. Sua ineficácia pode proporcionar um ponto direto para o adversário ou uma maior possibilidade disto acontecer. É importante em situações de jogo delimitar a área de responsabilidade de cada aluno, dividindo as responsabilidades.

O estado de prontidão, que permite ao atleta reagir o mais rapidamente possível quando da detecção de uma ação do oponente e a capacidade de antecipação são pré-requisitos fundamentais para a obtenção de uma recepção de qualidade.

Levantamento

O levantamento, na visão de Bojikian (2003), é a ação preparatória para a finalização da jogada ofensiva da equipe, sendo normalmente o segundo toque dos três que a equipe tem direito. É uma habilidade que requer extrema precisão, sendo considerada uma habilidade motora fina. Assim, o toque é o recurso que mais é utilizado para a sua realização.

Com a evolução do voleibol, o levantamento deixou de ser apenas a ação de erguer a bola para o alto para ter um aspecto tático/estratégico vital para a finalização das jogadas.

O levantamento é um fundamento primordial para o sucesso da jogada ofensiva da equipe. O atleta que desempenha esta função deve ter uma visão apurada do jogo, conseguindo ter uma boa leitura das características de seus adversários, para explorar suas possíveis falhas, além de perceber as virtudes e o momento psicológico de seus atacantes. Por tantas atribuições complexas, o levantador é considerado a alma da equipe, na opinião de Ribeiro (2004).

Diversas formas de toque podem ser efetuadas para sua realização. Para Ribeiro (2004), o mais fácil e comum é o toque para frente. Porém, levantadores habilidosos utilizam-se dos toques laterais, para trás e em suspensão (toque com salto) para a sua realização. Em casos de recepção inadequada, recursos como à manchete e o levantamento com apenas uma das mãos devem ser utilizados.

O levantador pode optar pela execução do levantamento obedecendo a diferentes empregos estratégicos no contexto do jogo, condicionados a sua habilidade e a dos seus atacantes. Sendo assim, temos as alternativas de ataque denominadas de ataque de ponta, com bolas altas ou rápidas; ataque de meio que são jogadas mais rápidas; jogadas combinadas; ataques de fundo da quadra; entre outras.

Ataque

É o fundamento do jogo que desperta o maior interesse na maioria dos praticantes. Constitui-se de uma combinação de movimentos que culmina com um golpe na bola no ponto mais alto possível, que na maioria das vezes encerra um rally.

Para Bizzochi (2004), o ataque é um fundamento que normalmente motiva o aprendiz e é praticado espontaneamente pelos alunos nos momentos de intervalo de treinamento e mesmo nos momentos em que não está treinando. Atualmente temos ciência de um grande número de brincadeiras que envolvem o ataque. Tal situação favorece o aparecimento de alguns erros técnicos.

Machado (2006), considera ser uma habilidade motora de execução bastante complexa. Sua preparação para a realização varia em consequência da recepção e da trajetória do levantamento. Um bom atacante deve dominar golpes variados para sua execução, já que o tempo que ele tem para decidir no momento da jogada é pequeno.

O alcance do jogador no momento de golpear a bola e o entendimento da dinâmica do jogo e das várias situações a ela inerentes são outros importantes requisitos, que podem ajudar na formação de um atacante de qualidade.

De acordo com as regras atuais do jogo (sistema de pontos por rally), o ataque assumiu um papel ainda mais importante para o resultado final da partida.

Bloqueio

É o fundamento que busca interceptar ou diminuir a velocidade do ataque do adversário próximo a rede. Tem como particularidade o fato de poder ter um caráter tanto ofensivo quanto defensivo, de acordo com seu emprego estratégico no jogo.

O bloqueio, na visão de Bizzochi (2004), é um fundamento considerado de fácil aprendizado, porém de difícil aplicabilidade no jogo. Este fato é decorrente dos poucos elementos inerentes à dinâmica da sua execução, que contrasta com o reduzido tempo para o sucesso de sua ação, ou seja, conseguir parar o ataque adversário.

A dificuldade da sua aplicação em situações concretas de jogo está relacionada ao seu confronto direto contra o ataque. Como a bola está de posse de seu adversário, este é quem decide qual a natureza do ataque a ser realizado, com o bloqueador só tomando ciência após a efetivação do levantamento. Sendo assim, toda movimentação necessária para sua realização tem que ser feita em um tempo mínimo.

Talvez seja, para Ribeiro (2004), o fundamento que maior desgaste ocasiona em seu treinamento e, ao contrário do ataque, não é dos mais estimulantes para o aluno, provavelmente pelos poucos sucessos conseguidos em sua execução.

Defesa

Na visão de Bizzochi (2004), é a ação que visa impedir o ataque adversário, quando este passa pelo bloqueio. É o fundamento que mais recursos são utilizados para a sua execução, com o próprio corpo servindo como uma espécie de escudo para defender a bola. A coragem é um pré-requisito indispensável para a formação de um bom defensor. 

A importância da defesa na dinâmica do jogo pode ser entendida a partir da constatação que cada vez que se executa uma defesa com sucesso, o adversário deixa de pontuar e a equipe que defendeu tem condições de executar um contra-ataque, passando a ter uma maior possibilidade de vencer o rally em disputa, na visão de Ribeiro (2004).

O ângulo descrito pelo ataque e a velocidade do mesmo são fatores que contribuem para a dificuldade em obter sucesso nas ações defensivas. O jogador de defesa deve atuar em conjunto com seu colega de bloqueio, procurando minimizar os espaços vulneráveis na quadra, já que o tempo não é suficiente para realização de deslocamentos.

O entendimento do jogo faz com que o jogador tenha uma melhor leitura das ações do seu oponente, podendo se antecipar à ação deste, diminuindo sua desvantagem. Aspectos importantes a serem analisados pelo defensor são a velocidade da bola, a proximidade da bola com a rede, as características individuais dos atacantes, entre outras, de acordo com Bojikian (2003).

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