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A ética esportiva

O conceito de ética abrange o conjunto de valores morais que regem os hábitos, atitudes e carácter dos indivíduos de acordo com a sociedade na qual eles se inserem. A conduta ética é testada constantemente em diversas esferas como no mundo politico, social e corporativo. Isso também ocorre na área esportiva, onde as atitudes dos atletas e treinadores são colocadas à prova, sendo esses avaliados pela comunidade se suas escolhas refletem um comportamento correto.

Um atleta dedica sua vida profissional à superação física e técnica, com o objetivo de alcançar bons resultados e, assim, ganhar títulos e notoriedade, que propiciarão que ele consiga bons patrocinadores.

Porém, infelizmente, alguns atletas na ânsia de atingirem essa meta, acabam ultrapassando limites impostos pela ética.

Muitas vezes, essas atitudes ruins desses atletas têm como origem a falta de orientação e eles acabam recebendo punições e sendo taxados de antiéticos sem, ao menos, entenderem o que aconteceu quando erraram.

Para ilustrar podemos citar alguns casos como exemplo:

  • A ginasta Daiane dos Santos testou positivo em um exame antidoping por ter usado um creme para as pernas que continha uma substância proibida, o que resultou na sua suspensão em provas oficiais.
  • O mesmo aconteceu com a atleta Maurren Maggi que recebeu uma suspensão de dois anos por doping devido a ter usado um creme, em um tratamento estético, que também continha substâncias consideradas proibidas.
  • Este tipo de problema não acontece apenas com atletas do sexo feminino, o jogador de futebol, tetra campeão, Romário foi pego em um exame antidoping por uso de uma substância para evitar a queda de cabelo e ficou suspenso por 120 dias.

As reflexões que determinam a ética esportiva estãodiretamente associadas às condutas que demonstram o respeito ao esporte e aos demais esportistas. Podem ser observadas, por exemplo, através da troca de gentilezas entre os atletas adversários. Tais como: estender a mão para auxiliar um adversário caído a se levantar; colocar uma bola para fora do jogo ao notar que um adversário está contundido; reconhecer uma boa atuação do adversário ou o simples cumprimento do vencido ao vencedor e vice-versa. Todas estas ações estão intimamente ligadas ao que chamamos de “Fair-Play” (jogo limpo).

O “Fair-Play” pode ser entendido como uma postura elegante dos participantes de uma competição desportiva, na qual se insere o respeito, a honestidade, a lealdade, a aceitação das regras vigentes e, principalmente, o entendimento de que os oponentes são apenas adversários esportivos e não inimigos reais, sejam eles vencidos ou vitoriosos, com a consciência de que o outro é companheiro indispensável na prática do esporte.

É a manifestação da aceitação das decisões dos árbitros, pela vontade de jogar para ganhar e pela firme rejeição em conseguir a vitória a qualquer custo.

O comportamento considerado contrário à ética esportiva seriam as condutas antiéticas resultantes das trapaças, subornos, uso de doping, ações violentas, hostis e, até mesmo perigosas, entre outras.

Seja pela oferta de dinheiro (mala preta) para facilitar uma vitória ou uma derrota no futebol, seja por coagir o adversário dentro do campo de competição com atitudes grosseiras representadas por gestos obscenos, violência física ou ofensas pessoais, essas atitudes devem ser punidas com rigor para que fique o exemplo de que ações antiéticas não condizem com a decência do esporte.

Podemos destacar aqui duas situações que ocorreram no futebol que representa os dois lados da ética esportiva:

No primeiro caso, em um jogo do campeonato inglês de futebol, ocorreu um problema físico com um dos jogadores e este jogou a bola para fora de campo para ser atendido. Ao reiniciar a partida, um jogador do time adversário, utilizando-se do Fair-Play, foi devolver a bola, mas acabou chutando com muita força e fazendo o gol. Diante de tal constrangimento, o técnico desse time ordenou que ao dar a saída de bola, seus comandados, inclusive o goleiro, deveriam permitir que o time que havia sofrido o gol “sem querer”, empatasse a partida de forma que o placar continuasse igual para as duas equipes.

E assim foi feito, demonstrando com isso, o que é o Fair-play no seu sentido máximo. Quando, mesmo podendo se beneficiar de uma situação, a equipe preferiu uma conduta justa e igualitária para não prejudicar o oponente.

De outra forma, mas no mesmo esporte, há demonstrações de conduta antiesportiva. Como no caso de um determinado árbitro que, no campeonato brasileiro de 2005, foi preso por manipular resultados de jogos em que atuou para beneficiar empresários que trabalhavam com sites de apostas.

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou a anulação de 11 jogos apitados por ele, inclusive de partidas que nitidamente não haviam sido manipuladas. Desse modo, equipes que se prepararam ao longo do ano foram prejudicadas injustamente.

Portanto, o termo “Fair-Play” pode ser usado como a definição de ética no mundo esportivo e representa uma forma justa, amistosa e honesta de competir. Infelizmente, a ética esportiva pode ser ameaçada por interesses pessoais ou comerciais que nada coincidem com os objetivos e preceitos do esporte.

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