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Detecção de PCR e Artrite Reumatoide através de Sorologia

Com o intuito de trazer à luz a detecção tanto da proteína C reativa, como da artrite reumatóide, através de sorologia, vamos abordar ao longo do texto uma a uma, apresentando o que são, como se comportam e como é feito o teste, incluindo seus materiais e procedimentos. 

Proteína C Reativa (PCR)

A Proteína C Reativa (PCR) é uma proteína de fase aguda sintetizada no fígado. A Proteína C Reativa é encontrada em concentrações baixas no soro de indivíduos saudáveis. É um indicador importante e sensível de inflamação, e o aumento ou diminuição de sua concentração no soro segue de perto processos inflamatórios de natureza infecciosa e não infecciosa.

A Proteína C Reativa tem vida média de 5 ¬a 7 horas e por isto seus valores caem a níveis de referência mais rapidamente que outras proteínas de fase aguda. A detecção de PCR é um indicador mais sensível de um processo inflamatório que outras proteínas de fase aguda. Elevações de PCR ocorrem mais rapidamente do que o aumento da velocidade de hemossedimentação. Quando a resposta é mediada por neutrófilos ou monócitos à síntese hepática de PCR está aumentada atingindo 100 mg/L.Em resposta mediada por linfócitos, a síntese hepática de PCR não se altera ou pode estar ligeiramente aumentada, fazendo com que os valores séricos não se modifiquem ou raramente excedam a 26 mg/L. A PCR em pacientes portadores apenas de infecção bacteriana respiratória é mais elevada do que em pacientes com diagnóstico exclusivo por infecções virais. A PCR encontra-se muito elevada na pielonefrite (> 100mg/L), no infarto agudo do miocárdio (± 300mg/L), fase aguda da artrite-reumatoide, febre reumática, amiloidose secundária, trombo-embolias pós-cirúrgicas. A PCR apresenta pequenas alterações na hepatite crônica, cirrose, doença mista do tecido conectivo, LES, leucemias e colite ulcerativa.

Teste para detecção de proteína C reativa (prova de aglutinação em placa com partícula de látex)

Materiais e métodos

Material:
– Amostra biológica (soro)
– Reagente de látex
– Espátulas
– Placa
– Pipeta
– Ponteira
– Papel toalha
– Controle +(positivo) e controle – (negativo)

Métodos:
– Pingar uma gota do controle + (positivo) e do controle – (negativo) na partícula.
– Pingar uma gota de soro a ser testado.
– Adicionar uma gota de reagente látex homogeneizado e misturar com as amostras.
– Fazer movimentos rotatórios com a placa e observar se há aglutinação.

Leitura
– Reação positiva: nítida aglutinação – indica presença de PCR em concentrações acima de 6 mg/L.
– Reação negativa: ausência de aglutinação – indica concentração de PCR inferior a 6 mg/L.

Pode-se concluir que o teste da proteína C reativa látex baseia-se na reação imunológica entre a proteína C reativa humana de amostras de pacientes ou soros controle e seu anticorpo anti-PCR correspondente ligados a partículas de látex. A reação positiva é indicada pela nítida aglutinação das partículas de látex, e a reação negativa é indicada pela ausência de aglutinação das partículas de látex.

Artrite Reumatoide

Uma das propriedades cardinais do sistema imune é a sua capacidade de reconhecer e responder aos antígenos estranhos e não reagir aos seus próprios antígenos. A falta de resposta do sistema imune à estimulação antigênica é chamada tolerância imunológica, a perda desta auto-tolerância resulta em reações imunes contra os antígenos do próprio indivíduo, ou antígenos antólogos. Estas reações são chamadas de autoimunidade que provocam doenças autoimunes, como artrite reumatoide.
Artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica de causa desconhecida. A característica principal é a inflamação articular persistente, mas há casos em que outros órgãos são comprometidos.

É doença comum e a prevalência pode chegar a 1,5% da população em algumas regiões. É mais frequente em mulheres e costuma iniciar-se entre 30 e 50 anos de idade, mas compromete também homens e crianças. Para que se desenvolva a doença são necessárias algumas combinações de defeitos genéticos e a presença de um ou mais estímulos externos, o que faz com que a incidência em familiares de pacientes com Artrite Reumatoide (AR) não seja grande.

Existe uma predisposição genética e alguns genes foram identificados. Não se conhece a causa da Artrite Reumatoide (AR) e pensa-se que haja vários estímulos diferentes, quando em contato com indivíduos que têm defeitos de origem genética no sistema imune, desencadeiem resposta inflamatória. A persistência dos estímulos ou a incapacidade do sistema imune em controlar a inflamação levam à cronicidade da doença. A membrana sinovial prolifera e libera enzimas produzidas por células localmente. Tanto a invasão da membrana sinovial como a ação das enzimas, provocam destruição das estruturas articulares (cartilagem e ossos vizinhos) e juntas articulares (tendões e ligamentos).

A forma mais frequente de início da doença é artrite simétrica (por exemplo: os dois punhos, os dedos das duas mãos) e aditiva (as primeiras articulações comprometidas permanecem e outras vão se somando). Costuma ser de instalação lenta e pouco agressiva, localizando-se inicialmente nas pequenas articulações das mãos.

Existem formas agudas e rapidamente limitantes. Com menor frequência, começa em grandes articulações ou de modo assimétrico. Pode permanecer assim ou evoluir para poliartrite simétrica clássica. Todas as articulações periféricas podem ser envolvidas e os danos à coluna cervical podem ser muito graves. Somente em AR muito agressiva haverá artrite nas articulações interfalangianas distais dos dedos e será de instalação tardia. Artrite temporomandibular é comum.

Uma característica da artrite reumatoide é a rigidez matinal. Após uma noite de sono, os pacientes amanhecem com importante dificuldade em movimentar as articulações, a qual permanece por mais de 1 hora. Nos casos mais graves a rigidez matinal alivia somente parcialmente, permanecendo dor e limitação de movimentos permanentemente. Alguns pacientes queixam-se de mal-estar, fadiga e dor muscular que podem acompanhar ou anteceder a artrite. Rigidez matinal e fadiga no final da tarde são usados para avaliar atividade da doença.

As alterações destrutivas articulares são variáveis em um mesmo enfermo e entre a população com artrite reumatoide. Há casos bastante benignos e com alterações discretas ou ausentes e outros em que as deformidades instalam-se progressivamente e tornam-se extremamente graves mesmo com tratamento adequado.

Materiais e Métodos

Material:

– Amostra biológica (soro)
– Reagente de látex com anticorpos IgM anti IgG
– Espátulas
– Placa
– Pipeta
– Ponteira
– Papel toalha
– Controle + (positivo) e controle – (negativo)

Métodos:
– Pingar uma gota do controle + (positivo) e do controle – (negativo) na partícula.
– Pingar uma gota de soro a ser testado.
– Adicionar uma gota de reagente látex homogeneizado e misturar com as amostras.
– Fazer movimentos rotatórios com a placa e observar se há aglutinação.

Pode-se concluir que a artrite reumatoide causa inflamação inespecífica das articulações, ou seja, destruição das estruturas articulares e perearticulares, podendo afetar o sistema nervoso periférico, apresentar manifestações musculares, oculares, nódulos reumatoides e anemia leve.
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